Existem Particularidades e também semelhanças, veja nesse artigo, rock brazuka e rock gringo 20 anos de diferença!
Sem querer dar um spoiler, mas já dando, de nosso Ebook A História do Rock N’ Roll Como Ele É, a primeira pessoa a tocar rock na história foi uma mulher. Sim isso mesmo, a cantora e guitarrista de música gospel americana Rosetta Tarpe, foi a primeira pessoa do mundo a tocar e cantar rock da história.
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20 Anos De Defasagem
Seguindo com nosso tema Rosetta como falamos, uma mulher negra, foi a primeira pessoa a tocar rock com sua banda The Jordaneires lá no longínquo ano de 1938.
Na década seguinte, a de 40, outros precursores também negros, como Chuck Berry, Bo Didley e Fast Domino, ajudaram a impulsionar o crescimento do rock no incipiente cenário musical americano.
Contudo foi na década seguinte, meu caro expectador, a famosa década de 50, que o rock deslanchou de vez. Década que o bom moço Elvis Presley, popularizou o rock de vez.
E o som do Elvis, fez um certo adolescente baiano, Raul Seixas, se apaixonar pelo gênero musical incipiente nessa década.
Já na década seguinte a de 60, o jovem Raul montou sua primeira banda, Raulzito e os Panteras, contudo não decolou. Aqui no Brasil essa década foi dominada por uma turma e gênero que é algo parecido com o rock, mas que não é rock, a turma da jovem guarda.
O rock no brasil, só foi deslanchar de vez 20 anos depois dos gringos, na década de 70, com Raulzito no comando do rock tupiniquim. Por isso falo, que o Rock Brazuka tem uma defasagem de 20 anos para o rock internacional.
Os Pais do Rock
Fazendo alusão, como se o rock fosse uma família, é como se os reis do rock, Elvis e Raul, rock gringo e brazuka, fossem os pais do rock, com Elvis explodindo para o mundo na década de 50 e Raulzito na década de 70.
E se os reis são os pais do rock, quem seriam as mães ou rainhas do rock, tanto no Brasil como na gringa? Claro que são elas, Rita Lee e Tina Turner respectivamente. Elas são contemporâneas aos reis com uma pequena diferença de idades. 4 anos no caso de Elvis e Tina e 2 anos no caso de Raulzito e Rita.
Diferentemente dos reis, com Raul explodindo o sucesso 20 anos depois de Elvis. As rainhas explodiramo para a glória na década de 70, após se separarem das bandas e maridos em questão, Ike e Turner no caso de Tina, e Os Mutantes no caso de Rita.
Contamos aqui em nosso canal, a vida e carreira dessas duas rainhas. A Batalha de Tina, que você pode conferir no vídeo no player abaixo.
E também a vida de obra de Rita Lee, clique aqui pra você acompanhar o artigo sobre a rainha do rock nacional..
Filhos do Rock
Quer uma outra prova, que existe essa defasagem de 20 anos, ou duas décadas do rock brazuka para o rock gringo? São os casos dos filhos do rock.
Se Elvis está para o rock internacional como o pai rock, e Raulzito para o pai do rock tupiniquim quem seriam os filhos?
Podemos classificar como os filhos do rock, ou como primogênitos, no caso da gringa, os Beatles e os Rolling Stones, bandas surgidas na efervescente década de 60.
E no caso do Brasil, 20 anos depois, na incontestada década 80, o maior expoente do rock nacional da história, com a famosa turma de Brasília, liderada pela Legião Urbana.
Brasília que é uma espécie de Liverpool brasileira, tipo um berço do rock tupiniquim, assim como a cidade inglesa é um berço do rock britânico. Contamos a história do Rock de Brasília, clique no vídeo no player abaixo pra você acompanhar.
Rock Nacional Pulverizado
Contudo, é errado pensar que o rock nacional se restringia somente a Brasília. Ao longo da década de 80 outros eixos como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas e São Paulo, foram dando as cartas e se tornando potências do rock brazuka, lançando inúmeras bandas.
Quase todas as bandas lançadas nessa década faziam sucesso, foi uma década de ouro para o rock nacional, assim como foi a década de 60 para o rock gringo conforme já falamos.
Diferentemente do cenário de hoje, onde outros gêneros musicais fazem sucesso, o rock nacional imperava soberano na década “oitentista.” Quem mais chegava perto de se rivalizar com o rock tupiniquim, é a atualmente esquecida MPB.
Treta à Vista
Inclusive nessa época teve uma treta grandiosa entre um cantor famoso da MPB e um vocalista de uma grande banda do rock paulista. Caetano Veloso e Roger do Ultraje a Rigor trocaram farpas publicamente.
Tudo começou com um elogio de Caetano a música “Inútil” da banda paulista. Ele falou que sua música “Podres Poderes”, foi uma tentativa de fazer algo similar a “Inútil”, mas que ficou fraquinha. Roger ao ouvir isso soltou:
“A gente faz Rock porque é o que a gente sabe fazer. Eu não me meto a fazer Bossa Nova, assim como o Caetano não se mete a fazer Rock”.
Roger Moreiva, Vocalista do Ultraje a Rigor.
Caetano pirou o cabeção com essa declaração, treta armada.
Confira os dois vídeos dessas música da referida treta nos players abaixo, confira!
Festivais Outra Prova
Deixando as tretas de lado, e voltando ao tema principal, uma outra prova da diferença de duas décadas do rock brazuka para o rock gringo são os festivais.
O primeiro grande festival de rock internacional foi no final de década de 60. O festival de Woodstock em 1969, reuniu cerca de meio milhão de pessoas em uma fazenda no estado de Nova Iorque.
Já aqui na “Brasolândia,” o primeiro grande festival, só foi ocorrer 16 anos depois (quase duas décadas) em 1985 no Rio de Janeiro, o Rock in Rio!
Só que em matéria de público, o festival verde-amarelo bateu em mais de três vezes o festival americano, cerca de um milhão e meio de pessoas frequentaram o evento durante os 10 dias do mês de janeiro de 1985.
Também já contamos a história dos 2 festivais aqui em nosso blog. Clique aqui pra você acompanhar o artigo sobre o rock in rio. E aqui pra acompanhar o artigo sobre o Woodstock.
Conclusão
Apesar dos fatos citados aqui nesse artigo, mostrarem essa defasagem do rock tupiniquim para o rock gringo, uma coisa temos que afirmar nos dias atuais. Ambos estão em baixa em ambos os cenários, com outros estilos dominando o cenário musical.
Cenário esse, que esperamos que seja breve. Ficamos na torcida que o rock volte a ser forte, que surjam novas bandas. E também que o público das novas gerações passe a consumir mais rock, nem que sejam os antigos, para que volte a inspirar novos músicos a criarem novas músicas e bandas do melhor gênero musical já existente na face da terra.
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