De longe maior treta da história do Rock, a briga dos irmãos Fogerty do Creedence Clearwater Revival e a Maior Treta do Rock and Roll.
Relações pessoais, são desgastadas ao longo do tempo. Uns conseguem superar as dificuldades e se toleram com maior facilidade, outros nem tanto.
Com as bandas de Rock não é diferente. São poucas as bandas que nunca tiveram tretas, elas são exceções à regra.
No caso do Creedence ficou exacerbado, com contratos mal assinados e brigas judiciais intermináveis.
Em meio a tudo isso, a banda teve curta duração, só 5 anos de atividade com 7 álbuns de estúdio lançados e 26 milhões de cópias vendidas.
Vendo tantas outras bandas mais longevas no rock, pense o que poderia ter acontecido, se os membros do Creedence deixassem as brigas, vaidades e picuinhas de lado, e tivessem superado isso tudo?
Vai saber, o fato é que, mesmo com pouco tempo de carreira a banda fez história, e é reverenciada até hoje por fãs no mundo inteiro.
Origem e Formação
Ainda adolescentes em 1959, os amigos de escola John Fogerty (vocais e guitarra), Stu Cook (baixo) e Doug Cliford, formam a banda The Blue Velvets na California.
Após 2 meses, Tom Fogerty (guitarrista e vocal) irmão mais velho de John entra na banda assumindo os papéis de vocalista e mudando o nome da banda para Tommy Fogerty and The Blue Velvets.
Aproveitando da influência de John, cinco anos depois em 1964, assinaram contrato com a gravadora Fantasy Records, onde John trabalhava.
Nessa época mudaram o nome para The Golliwogs, sendo que nos 3 anos seguintes, lançaram alguns compactos fazendo relativo sucesso.
Nome
No Natal de 1967, influenciados por Saul Zaentz, novo proprietário da Fantasy Records, decidem se tornarem profissionais. Mudam novamente o nome, dessa vez para aquele que fariam história no Rock, Creedence Clearwater Revival.
A origem do nome veio com a junção de nomes como Credence Nuball, (amigo de Tom), Clearwater (comercial de cerveja) e Revival, que simbolizava a união do grupo.
Por ocupar a função de principal compositor da banda, John passa a ser o vocalista oficial e frontman da banda.
Primeiros Álbuns
O álbum de estreia, homônimo da banda, foi lançado em julho de 1968 e rende disco de ouro para o grupo.
Dentre as faixas destacam-se Susie Q, I Put a Spell on You e Walk on the Water. Além do sucesso de vendas, esse álbum foi altamente elogiado pela crítica.
Com o segundo álbum Bayou Country, lançado em janeiro de 1969, leva a banda a faturar o disco de platina.
Ele consolida a carreira de sucesso mundial a destacando como uma das grandes bandas da época.
O destaque para esse álbum de 7 faixas, fica para os singles Proud Mary e Born on the Bayou.
Ainda em 69 no mês de agosto, eles lançam o terceiro álbum Green River, que também recebe disco de platina.
O Destaque desse álbum de 9 faixas, fica por conta do Hit Bad Moon Rising, que ganhou destaque na copa de 2014 no Brasil.
Após a semifinal do Eterno 7 a 1, a torcida argentina, que foi para a final com a Alemanha, usou esse hit para satirizar os Brasileiros na ocasião.
Três meses depois em novembro de 1969, lançaram o quinto álbum de estúdio Willy and the Poor Boys, com 10 faixas, que também lhe rendem disco de platina.
Maior Vendagem e Começo das Tretas
No mês de julho de 1970 é lançado o quinto álbum da banda Cosmos Factory, que se torna o álbum de maior sucesso da banda, com mais de 3 milhões de cópias vendidas.
O Destaque desse álbum de 11 faixas, fica por conta do excelente hit I Heard It Through The Grapevine.
O Sexto álbum da banda Pendulum, também recebe disco de Platina.
Ele também marca o início dos desentendimentos dentre os membros da banda. Doug, Stu e Tom se sentiam desprestigiados em ser apenas parte da Banda de Tom.
Dentre os hits de maior destaque do álbum, citamos Hey Tonight e Have You Ever Seen The Rain.
Saída de Tom e Fim da Banda
Os desentendimentos desse álbum, deram início ao que podemos chamar de a maior treta do rock n’ roll.
Tom Fogerty deixa a banda em fevereiro de 1971. A Banda duraria mais um ano como trio, com John, Stu e Doug.
O Sétimo e último álbum da banda Mardi Grass lançado em abril de 1972, trazia mais composições de Stu e Doug, a pedido de John.
Ao todo ele tinha 10 faixas, contudo não alcançou o resultado dos cinco anteriores, tendo se tornado apenas disco de ouro ao invés de platina.
No dia 16 de outubro de 1972 a gravadora Fantasy Records anunciou o fim precoce da banda, com apenas 5 anos de existência.
A Treta
Com o fim da banda, John se lançou em carreira solo e se destacou dos demais até então. Seu irmão Tom, já estava em carreira solo desde 1971.
No entanto, mesmo com John e os demais integrantes participando das gravações do seu álbum solo Zephyr National de 1974. Tom Fogerty não alcançou o sucesso esperado e viu que tinha sido um erro ter saído da banda.
O Creedence fez sucesso nos cinco anos de atividade, pelo conjunto da obra dos 4 integrantes, não apenas de John.
A guitarra base de Tom fez falta no último álbum já como trio, o de menor vendagem na banda.
Os solos da guitarra do John, com a base de Tom, sincronizado com o baixo de Stu e a pegada de Doug na bateria, combinavam perfeito como um casamento.
Entretanto como muitos casamentos, por vaidades e egoísmo a separação era inevitável.
Briga Com a Gravadora
A divisão dos lucros da banda era em quatro partes iguais, ou seja, 25% para cada um.
John sentia que, por compor sozinho a maioria das músicas, ele teria um percentual de lucro maior que seus parceiros.
Ele deveria ter se atentado a isso no ato da assinatura de contrato, que dava direito a gravadora de estabelecer como seria a partilha.
Os outros três integrantes ficaram do lado de Saul Zaentz dono da gravadora, por motivos óbvios. E as brigas Judiciais levaram décadas para serem resolvidas.
A briga de John com a gravadora só foi terminar com a venda da Fantasy para a Concord Records em 2004.
Os novos donos concordaram em pagar os royalties a John, o que fez ele retornar a gravadora e lançar novos álbuns e compilações.
Treta dos Fogerty
Com John ainda brigado com o restante da banda, mas ainda se falando, os quatro se reuniram no segundo casamento de Tom em 1980.
A partir de 81 houve a ruptura total de John com o restante da banda. Dizem algumas fontes que Tom, morreu em 1990, ainda brigado e sem falar com John.
No entanto o site de um fã clube da banda, cita que John chegou a visitar Tom no hospital. Nessa visita eles abordaram as tretas e as pendências judiciais e Tom teria falado a John:
“Não espere o meu apoio na briga judicial contra a fantasy. O Saul (Zaentz) é meu melhor amigo.”
Magoado com a atitude do irmão, John não compareceu a seu funeral, muito provavelmente em função dessa negativa afirma o blog do fã clube.
Esse fato de John, não ter ido ao funeral do próprio irmão, coloca essa treta entre as mais indigestas da história do Rock.
Creedence Clearwater Revisited
No ano de 1993 a banda foi introduzida ao Rock n’ Roll Hall of Fame, John se negou a tocar com a dupla restante para receber o prêmio.
Em 1995 Stu Cook, comprou uma casa em Lake Tahoe, próximo a Doug Clifford. Sessões dos dois tocando juntos começaram a acontecer com frequência.
Após uma tentativa frustrada da dupla de tentar voltar a atividade da banda com John, eles montam o Creedence Clearwater Revisited.
Dois anos depois John tenta proibir os dois de usarem o nome Creedence Clearwater. No entanto eles conseguem o direito de usar a nova marca na justiça.
Fim da Briga
Depois de quase 50 anos do final da Banda, John Fogerty aparentemente, pode ter voltado a falar com seus ex companheiros de banda e selado a paz.
De acordo com uma entrevista que deu a bilboard, o baixista Stu Cook afirmou:
“Paramos de nos atacar, estamos focados nas boas coisas do Creedence.”
Segundo Cook, mesmo não tendo nenhum show futuro em mente, ele Doug e John, estão juntos em uma série de projetos.
Projetos esses que visam, manter viva toda a história do Creedence. Entre eles o lançamento da performance da banda no Festival de Woodstock, que foi excluída do documentário.
Cook diz ainda que foi acordado entre as partes, que o projeto Creedence Clearwater Revisited deixará de existir após conclusão dos compromissos já agendados.
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