Afinal quem inventou o rock? O Rock é um estilo musical, dos mais populares e diversos da história da música, já tem com sete décadas de trajetória – celebradas anualmente, no Brasil, em 13 de julho, considerado por aqui como o Dia do Rock.
Tudo Começou Com Ele
Muitos foram os artistas e bandas que contribuíram para a história do gênero musical, alguns mais, outros menos famosos.
Por isso, é difícil cravar apenas um nome como “culpado” pela criação do rock.
Mas um desses “pais” e certamente, quem mais popularizou o estilo em seu início na década de 50, foi Elvis Presley e não é a toa que Elvis Leva a alcunha de Rei do Rock ao longo dessas 7 décadas de existência do gênero.
Infância/Adolescência
Elvis nasceu em Tupelo Mississipi, em 08 de Janeiro de 1935, filho de Vernon e Gladys Presley o que muita gente não sabe que Elvis nasceu de um parto de gêmeos univitelinos, sendo que seu irmão, nasceu morto.
Quando tinha 2 anos seu Pai foi preso por estelionato, sua mãe Gladys devido a dificuldade financeira, imposta pela prisão do marido, foi obrigada a morar com os Avós Paternos de Elvis.
Nos primeiros anos de vida, Elvis cresceu junto a destroços de furacão no Estado de Mississipi, quando tinha 6 anos seu Pai foi libertado da prisão.
Aos 10 anos de idade Elvis participou de um concurso de novos talentos na “Feira Mississippi-Alabama”, onde conquistou o segundo lugar com a canção Old Shep, recebendo um prêmio em dinheiro e ingressos para todas as diversões.
No mesmo ano, o pai presenteou-o com um violão, que virou sua companhia constante, inclusive na escola.
Em Setembro de 1948 a família mudou-se para Memphis no Tenesse quando tinha 13 anos de idade.
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Começo da Carreira
De janeiro e junho de 1954, Elvis gravou algumas canções de forma experimental, no “Memphis Recording Service” (filial da Sun Records). Mas foi em julho de 1954 que efetivamente Elvis iniciou sua carreira profissional. Sendo também considerado o marco inicial do rock and roll. Elvis ensaiava algumas canções, até que, de forma improvisada, começou a cantar as músicas “That’s All Right” (Arthur Crudup), provocando em Sam Phillips produtor musical um grande entusiasmo.
Estava então, iniciada sua carreira musical. Sam Phillips, queria levar o som da música afro-americana para um público mais amplo. Presley, no violão de ritmo, e acompanhado pelo guitarrista Scoot Moore e pelo baixista Bill Black, foi um pioneiro do rockabilly, uma fusão de música country e Rhythm Blues. Em 1955, o baterista DJ Fontana juntou-se ao time e completou o quarteto clássico de Presley e a gravadora RCA Victor, adquiriu seu contrato em um acordo arranjado pelo Coronel Tom Parker, que viria a empresaria-lo por mais de duas décadas.
O Sucesso
O primeiro single de Presley com a RCA, “Heartbreak Hotel”, foi lançado em janeiro de 1956 e se tornou um sucesso número um nos Estados Unidos.
Em 1956, Elvis tornou-se uma sensação internacional. Com um som e estilo que, uníssonos, sintetizavam suas diversas influências, ameaçavam a sociedade conservadora e repressiva da época e desafiavam os preconceitos múltiplos daqueles idos, Elvis fundou uma nova era e estética em música e cultura populares, consideradas, hoje, “cults” e primordiais, mundialmente.
Suas canções e álbuns transformam-se em enormes sucessos e alavancaram vendas recordes em todo o mundo. Elvis tornou-se o primeiro “mega star” da música popular, inclusive em termos de marketing. Muitos postulam que essa revolução chamada rock, da qual Elvis foi emblemático, teria sido a última grande revolução cultural do século XX; já que, as bandas, cantores e compositores que surgiram nas décadas seguintes – e fizeram muito sucesso, foram influenciados, de alguma maneira, direta ou indiretamente por Elvis, o que pode ser considerado verdade.
Os filmes “Love Me Tender”, “Loving You”, “Jailhouse Rock” e “King Creole” foram um grande sucesso de público e, principalmente, os dois últimos, também tiveram seus méritos reconhecidos pela crítica especializada. No mês de Outubro de 1956, Elvis realiza um espetáculo na cidade de Dallas no estádio “Cotton Bowl” para um público estimado de 27 mil pessoas, algo incomum para um artista solo naqueles tempos.
A Pátria convoca o Rei do Rock
Em 1958, Elvis foi para o exército, uma convocação real, facilmente descartável, porém aproveitada comercialmente para expandir a faixa de público. Transferido, permaneceu na Alemanha no período de outubro de 1958 até março de 1960. Em agosto de 1958, a morte de sua mãe Gladys Presley transformar-se-ia no marco mais dramático de sua vida.
Em março de 1960, Elvis retornou da Alemanha e surpreendeu o mundo ao aceitar o convite para participar do programa de Frank Sinatra chamado de “The Frank Sinatra Show” (The Timex Special), realizando uma de suas melhores performances televisivas. Selou, a partir de então, uma relação de cordialidade com seu anfitrião e com Sammy Davis Jr. com quem, inclusive, ensaiou os números de orquestra, que perduraria ao longo de sua vida. O programa bateu todos os recordes de audiência do ano, inserindo Elvis em um nova faixa de público e apresentado pela “Rat Pack”, naquele momento, contava com grande prestígio, razão pela qual o astuto empresário Tom Parker o garimpara.
Década de 60
Em 1961, Elvis realizou shows em Memphis e no Havaí com grande sucesso de crítica e público. O show havaiano, beneficente, concordam seus seguidores mais iniciados e alguns críticos, tornou-se emblemático de apresentações clássicas, no gênero, no show-business. No mesmo ano, Elvis foi homenageado com o “Dia Elvis Presley”, tanto na cidade de Memphis como no estado do Tenesse. Elvis provava que sua ida ao Exército e o fim da década de 50 não abalaria seu sucesso, e que alguns de seus álbuns na década de 60 viriam a tornar-se clássicos, sendo avaliados como alguns dos melhores de sua carreira.
No período de 1960 à 1965, os seus filmes são um dos grandes sucessos de público no mundo inteiro. Alguns críticos mais generosos, ainda que implacáveis acerca da qualidade duvidosa das películas, clamavam por melhores oportunidades e personagens para Elvis Presley que, entretanto, envolvido em uma ciranda mercadológica, não se dispunha a aprender o ofício e frequentar Escolas de Artes Cênicas confiáveis, para aprimorar-se no ofício – a exemplo de Marlon Brando, e muitos outros.
Ainda assim, sua versatilidade esteve presente e vários gêneros foram visitados, sendo elogiado por algumas de suas performances, mesmo os roteiros não sendo avaliados como satisfatórios, ou seja, ele fazia a sua parte com méritos, mesmo não possuindo material de qualidade – entre os gêneros apresentados em seus filmes podem ser destacados, “musical”, “faroeste”, “drama” e “comédia” – os maiores e melhores destaques nesse período foram, Flaming Star (1960), Wild in the Country (1961), Follow That Dream (1962), Kid Galahad (1962), Fun in Acapulco (1963), Viva Las Vegas (1964), Roustabout (1964).
O Casamento e Nascimento da Filha
Elvis Presley finalmente casou-se com Prisilla Baualieu, já residente em Graceland, Memphis, desde meados da década, o matrimônio foi realizado na cidade de Las Vegas.
Nesse período, entre 1967 e 1968, foram lançados alguns compactos muito elogiados; realmente, enormemente criativos e interessantes – goste-se ou não de Elvis Presley, reconhecerão seus ouvintes.
Tudo devido às sessões de gravação ocorridas ainda em 1966, mais precisamente em maio e junho, onde o repertório foi sendo aprimorado qualitativamente, gerando além do álbum “How Great Thou Art”, outras canções de bom nível como “Indescribably Blue”, “I’ll Remember You” e “If Every Day Was Like Christmas”.
O mesmo pode ser percebido em 1967 em canções como “Suppose”, “Guitar Man”, “Big Boss Man”, “Singing Tree”, “Mine”, “You’ll Never Walk Alone”.
No período de 66/67, Elvis realiza várias sessões caseiras, onde ele interpreta várias canções de vários estilos e épocas distintas, mostrando um talento intuitivo e natural, no entanto, essas gravações só caíram no conhecimento do público, em sua grande maioria, no final da década de 90
.Em 01 de fevereiro de 1968 nasce a sua primeira e única filha Lisa Marie Presley, que em 1994, viria a se tornar mulher do Rei do Pop Michael Jackson.
O Divórcio
Entre 1970 e 1972, Elvis e Priscilla sofriam uma crise no casamento. Ela reclamava que ele estava muito distante dela por causa de seus shows, além de existirem casos de infidelidade.
Tudo isso causou, em fevereiro de 1972, o fim de seu casamento, ainda de maneira informal, causando-lhe imenso impacto e progressivo transtorno pessoal. Em janeiro de 1973, ele pede o divórcio definitivo.
Ironicamente, Elvis viveu um ano triunfal profissionalmente, retornando, glorificado, ao primeiro lugar das paradas mundiais de sucesso com a canção “Burning Love”, uma vez que, nos dois últimos anos da década de 60 e nesse início da de 70, não passava por bons momentos na carreira, que sempre foram presentes em sua carreira desde o início até 1968.
Os últimos anos
No ano de 1974, Elvis voltou a se apresentar no Astrodome, deg Houston, estádio monumental, jamais contemplado com tal magnitude de um espetáculo de música popular. Novos recordes foram quebrados, superiores aos próprios, de 1970.
Em um segundo show, 44.175 pagantes foram contabilizados; público até então inimaginável para um concerto de um único artista.
Além de Houston, realizou shows históricos em Los Angeles, no mês de maio; prestigiado inclusive por artistas e bandas das novas gerações, então no auge, como um eufórico e entusiasmado Led Zeppelin.
Uma única sessão de gravação foi realizada no ano seguinte, 1975, quando, no último dia do ano, Elvis Presley quebrou novo recorde de público para um artista solo até então, apresentando-se para 62 mil pessoas.
Segmento de seus biógrafos afirmam que este seria seu último ano primoroso artisticamente.
Em 1976, ano em que realizou mais de 100 mega espetáculos, Elvis voltou a apresentar-se no último dia do ano, na cidade de Pittsburgh, reconhecido pela crítica e público como um dos seus últimos grandes espetáculos de qualidade, para os fãs, antológico!
Elvis Presley subiu aos palcos regularmente, de forma sofrível, ao longo dos seis primeiros meses de 1977, com a saúde visivelmente deteriorada.
No dia 26 de junho de 1977 Elvis fez seu último show, em Indianápolis, chegando a cantar canções excepcionais para o período, como por exemplo “Bridge Over Troubled Water”; além de tocar “Unchained Melody” ao piano como havia feito nos shows de 19 e 21 de junho gravados pela CBS
A Morte do Rei
A famosa frase “Elvis não Morreu”, amplamente atribuída aqui em solo tupiniquim, quando queremos descrever algo inusitado ou inesperado, nada tem a ver com a realidade.
Na noite de 15 de agosto de 1977 Elvis vai ao dentista por volta das 11 horas da noite, algo muito comum para ele.
De madrugada ele volta a Graceland, joga um pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das 4 ou 5 da madrugada do dia 16 de agosto.
Por volta das 10 horas Elvis teria se levantado para ler no banheiro. O que aconteceu desse ponto até por volta das duas horas da tarde é um mistério.
O desenlace ocorreu, possivelmente, no final da manhã, no banheiro de sua suíte, na mansão Graceland, na cidade de Memphis no Tenessee.
Há rumores que apontam que a primeira pessoa a ver o corpo, teria sido sua filha Lisa Marie de apenas 9 anos, já que o cantor tinha a guarda da filha na ocasião.
Contudo os registros citam que Elvis só foi encontrado morto no horário das duas horas da tarde por sua namorada na época, Ginger Alden. Logo após, o seu corpo é levado ao hospital “Memorial Batista” e sua morte confirmada.
A morte de Elvis Aaron Presley no dia de 16 de agosto de 1977, causada por colapso fulminante associado a disfunção cardíaca, surpreendeu o mundo, provocando comoção.
Os fãs se aglomeraram em maior número em frente a mansão. As linhas telefônicas de Memphis estavam tão congestionadas que a companhia telefônica pediu aos residentes para não usarem o telefone a não ser em caso de emergência.
As floriculturas venderam todas as flores em estoque. O velório aconteceu no dia 17. Alguns dos milhares de fãs puderam ver o caixão por aproximadamente 4 horas.
Legado
Presley transformou o campo da música popular, ele foi um dos (se não o principal) pilares da revolução cultural que foi o rock and roll, ele foi central não apenas para defini-lo como um gênero musical, mas também para torná-lo um marco da cultura jovem e da atitude rebelde.
Com suas origens racialmente misturadas, afirmadas repetidamente por Presley, a ocupação do rock and roll de uma posição central na cultura americana dominante, facilitou uma nova aceitação e apreciação da cultura afro-americana.
A esse respeito, Little Richard disse sobre Presley: “Ele era um integrador. Elvis era uma bênção. Eles não deixavam a música negra passar. Ele abriu a porta para a música negra”.
Al Green concordou: “Ele quebrou o gelo para todos nós.”
O presidente Jimmy Carter comentou seu legado em 1977: “Sua música e sua personalidade, fundindo os estilos do país branco e o rhythm and blues dos negros, mudaram permanentemente a face da cultura popular americana. Ele era um símbolo para as pessoas de todo o mundo da vitalidade, rebeldia e bom humor de seu país.”
Presley também anunciou o alcance amplamente expandido das celebridades na era da comunicação de massa: aos 21 anos, dentro de um ano de sua primeira aparição na rede americana de televisão, ele já era considerado uma das pessoas mais famosas do mundo.
O nome, a imagem e a voz de Presley são reconhecidos em todo o mundo. Ele inspirou uma legião de imitadores.
Em pesquisas e pesquisas, ele é reconhecido como um dos mais importantes e influentes artistas da música popular americana.
Mais Comentários de Famosos
“Elvis Presley é a maior força cultural do século XX”, disse o compositor e maestro Leonard Bernstein. “Ele introduziu a batida em tudo e mudou tudo – música, linguagem, roupas. É uma revolução social totalmente nova – os anos sessenta vieram dele.”
John Lennon disse que “nada realmente me afetou até Elvis. Bob Dylan descreveu a sensação de ouvir Presley pela primeira vez como “como sair da prisão”.
No 25º aniversário da morte de Presley, o Jornal The New York Times afirmou em sua coluna: “Todos os imitadores sem talento e terríveis pinturas de veludo preto em exibição podem fazê-lo parecer pouco mais que uma memória perversa e distante.
Mas antes de Elvis se tornar um ícone popular, ele era o contrário: uma força cultural genuína … Os avanços de Elvis são subestimados porque nesta era do rock and roll, sua música hard rock e seu estilo sensual triunfaram tão completamente.”
Não apenas as realizações de Presley, mas também suas falhas, são vistos por alguns observadores culturais como um acréscimo ao poder de seu legado, para o mundo do Rock, para o mundo das guitarras elétricas.
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