A Vida E Obra De Rita Lee
Ela nos deixou na última semana, e para homenageá-la, veja nesse artigo “A Vida e Obra de Rita Lee, A Rainha do Rock Nacional, confira!
Ela é simplesmente, a artista de rock que mais vendeu discos no Brasil, daí o nome Rainha do Rock Nacional.
Com 55 milhões de discos vendidos, divididos em 22 álbuns de estúdio, 6 ao vivo e 21 compilações, ela supera até mesmo o Rei do Rock Tupiniquim “Raul Seixas”, Raulzito teve 50 milhões de discos vendidos.
Inclusive os dois teriam se encontrado lá nos EUA, na década de 70, onde Raulzito teria passado uma cantada em Rita. Reza a lenda que ela refugou, alegando que iria contar pra esposa do maluco beleza, fazendo o mesmo declinar e desconversar.
Seus sucessos emplacaram como temas de aberturas de várias novelas da globo. Sua música marcou gerações e influenciou não só o Rock Nacional como Internacional.
Ela nos deixou na semana passada dia 08 de maio. E já estava em nossos planos fazer um artigo sobre a vida e obra de Rita Lee a rainha do rock Nacional. E Nada mais justo de fazer esse artigo, essa semana, até como homenagem de nosso canal a nossa Rainha.
Infância e Nome
Rita Lee Jones de Carvalho nasceu na véspera de ano novo no ano de 1947. Uma curiosidade é que Rita era pra se chamar Bárbara, pelo menos era o planejado.
Entretanto na hora do batismo resolveram troca, e homenagear a avó materna, Dona Clorinda, que tinha o apelido de Rita.
Rita era a filha mais nova de Charles Fenley Jones e Romilda Padula. Charles era descendente de imigrantes norte-americanos, e Romilda de imigrantes italianos.
O pai de Rita, colocou o nome composto Lee em suas 3 filhas. Em homenagem ao general do exército confederado ianque Robert E. Lee. Já Carvalho vem de seu segundo marido Roberto de Carvalho.
Ela teve aulas de piano na infância, mas só passou a se interessar por músicas na adolescência. No ano de 1963 ela formou um conjunto musical chamado Teenage Singers com mais duas amigas, onde faziam pequenos shows em festas da escola.
Os Mutantes
Em 1964 Rita e sua trupe, conhecem o trio masculino chamado Wooden Faces, e acabaram se juntando a eles, formando um sexteto chamado Six Sided Rockers, que depois mudaria pra “Os Seis”, onde chegaram a gravar um compacto com duas músicas.
As duas garotas e terceiro rapaz do trio masculino, saem da banda, sobrando Rita e os irmãos Arnaldo e Sérgio Dias Baptista. Eles adotam um novo nome “Os Bruxos”, que acabaram mudando para Os Mutantes, antes de se apresentarem no programa de TV, O Pequeno Mundo de Ronnie Von, na TV Record no ano de 1966.
O nome “Os Mutantes”, surgiu de uma ideia do produtor do Programa de Ronnie, Alberto Helena Júnior. Ele estava lendo O império dos Mutantes, de Setefan Wul e sugeriu:
“Vocês ainda estão procurando um nome para o conjunto dos meninos? Por que não Os Mutantes?”
Alberto Helena Jr.
Eles aceitaram a sugestão, se tornando uma das primeiras bandas de rock do Brasil, se tornando uma das mais influentes do rock tupiniquim.
Rita ficou na banda por 6 anos de 1966 a 1972, ela cantava tocava, banjo, flauta, percussão e sintetizador. A banda gravou 6 álbuns de estúdio com Rita como integrante.
Primeiros Álbuns Solo e Separação
Os dois primeiros álbuns solo de Rita foram gravados com ela ainda nos Mutantes, Build Up de 1970, e Hoje é o Primeiro Dia do Resto de Sua Vida de 1972, e contou com a participação dos irmãos Baptista na gravação.
Rita namorava Arnaldo desde a época do sexteto Os Seis, os dois se casaram em 1968 e se separaram 4 anos depois em 1972.
O final do casamento de Rita e Arnaldo e as discordâncias sobre o futuro da banda culminaram na expulsão de Rita da banda nesse mesmo ano.
Em entrevista Arnaldo admitiu que mandou Rita embora. Ela mesmo contou em detalhes na sua autobiografia a saída da banda:
“Minha saída do grupo aconteceu bem nos moldes de ‘o noivo é o último a saber’, no caso, a noiva. Depois de passar o dia fora, chego ao ensaio e me deparo com um clima tenso/denso. Era um tal de um desviar a cara pra lá, o outro olhar para o teto, firular instrumento e coisa e tal. Até que Arnaldo quebra o gelo, toma a palavra e me comunica, não nessas palavras, mas o sentido era o mesmo, que naquele velório o defunto era eu.
‘A gente resolveu que a partir de agora você está fora dos Mutantes porque nós resolvemos seguir na linha progressiva-virtuose e você não tem calibre como instrumentista.’ Uma escarrada na cara seria menos humilhante. Em vez de me atirar de joelhos chorando e pedindo perdão por ter nascido mulher, fiz a silenciosa elegante. Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala, peguei Danny (a cachorra) e adiós.”
Rita Lee
Tutti Frutti
No ano seguinte em 1973, Rita se junta a sua amiga Lúcia Turnbull, Luis Sérgio Carlini e Lee Marcucci e forma a banda Tutti Frutti.
Nesse mesmo ano, o que seria o primeiro álbum da banda Rita Lee e Tutti Frutti, teve problemas com a censura e acabaram por não lançar. Ele era considerado alternativo demais.
Em 1974 eles lançam o primeiro álbum de estúdio da banda e terceiro da carreira de Rita, “Atrás do Porto Tem uma Cidade.”
O 2º álbum da banda e quarto de Rita, “Fruto Proibido”, foi lançado no ano seguinte em 1975, ele fez tanto sucesso que deu a Rita o posto de Rainha do Rock Nacional. Esse álbum foi um sucesso, dentre as faixas destaques para os sucessos “Ovelha Negra”, “Esse Tal de Roque Enrow” e “Agora Só Falta Você.”
Veja no player abaixo o hit Ovelha Negra, um dos primeiros sucessos de Rita Lee:
Entradas e Bandeiras é o nome do 5º álbum de Rita e 3º da banda, Eles lançaram em 1976. Ano em que ela conhece Roberto de Carvalho, e inicia com o mesmo, uma relação na música e no amor, que perdurou até seus últimos dias de vida.
Prisão e Fim da Banda
Já morando com Roberto e grávida de seu primeiro filho, Rita foi presa por porte e uso de maconha. Na realidade esse ato tido como um dos mais truculentos do regime militar, foi para usar a cantora como exemplo, visto que ela, alegou que tinha parado de fumar por causa da gravidez.
Segundo ela as seringas e restos de drogas encontrados, foi deixado por amigos e frequentadores da casa. Mesmo assim ela por um ano e meio, ficou de prisão domiciliar, só podendo sair de casa para fazer seus shows com permissão do juiz.
Rita ainda gravaria mais um álbum com a Banda Tutti Frutti, “Babilônia”, quarto da banda e 6º álbum de estúdio de Rita.
Tido por muitos como o último álbum verdadeiramente Rock and roll de Rita, esse álbum tem como destaques as faixas “Miss Brasil 2000”, “Agora é Moda”, “Jardins da Babilônia e “Eu e Meu Gato.”
Carlini sai da banda, e leva consigo o nome “Tutti Frutti”, que havia sido registrado pelo mesmo.
No Amor e Nos Palcos
Em 1979, já com o maridão Roberto de Carvalho nas guitarras e na parceria das composições, Rita lança seu sétimo álbum de estúdio autointitulado. Esse álbum um pouco mais pop do que rock, tem como destaque os singles “Mania de Você”, “Doce Vampiro” e Chega Mais.
No ano seguinte em 1980, ela lança seu oitavo álbum de estúdio, também autointitulado, com destaques para as faixas “Orra Meu”, “Lança Perfume”, “Bem-Me-Quer” e Baila Comigo.
Em 1981 Rita lança seu 9º álbum de estúdio “Saúde.” Além da faixa título, destaques para “Banho de Espuma”, “Mutante” e Atlântida.
Seguindo em 1982, ela lança o 10º álbum de estúdio, como o nome dela e do maridão como título. Destaque para as faixas, “Vote em Mim”, “Flagra”, “Cor de Rosa Choque” e “Só de Você.”
No ano seguinte em 1983 Rita lança seu 11º álbum de estúdio “Bombom”, ele traz grandes sucessos como Desculpe o Auê e On The Rocks. Em 1985, o 12º álbum de estúdio nomeado como Rita e Roberto, contém os hits “Yê Yê Yê”, “Vítima” e Vírus do Amor. O 13º álbum de estúdio da cantora “Baila Conmigo” é uma releitura de vários sucessos na versão em espanhol.
Em 87 o 14º álbum de estúdio de Rita é lançado, Flerte Fatal, com destaques para Bwana e Pega Rapaz. No ano seguinte em 88, Rita lança seu 15º álbum de estúdio “Zona Zen”, destacando “Nunca Fui Santa” e a faixa título.
Com e Sem Roberto
O 16º álbum de estúdio intitulado com o nome da cantora e do maridão seria o último até então da parceria profissional dos dois. Os destaques desse álbum são as faixas Esfinge e Perto do Fogo.
Já sem Roberto nos palcos ela inicia uma turnê com Voz e Violão chamada Bossa n’ Roll, onde ela faz uma repaginação de seus sucessos nesse formato.
Em 1993 Rita lança o 17º álbum de estúdio autointitulado, das faixas apenas uma tem a participação do maridão na composição, a 10ª faixa Benzadeusa.
Roberto só voltaria a dividir as composições e os palcos com a esposa, em 1995 no álbum ao vivo “A Marca da Zorra”, uma compilação de antigos sucessos, com a inédita faixa título.
Após 7 anos, em 1997 eles lançam um álbum, com Roberto participando nas composições o 18º álbum de estúdio de rita, Santa Maria de Sampa, onde a faixa “Dona Doida”, foi tema de abertura da novela Zazá. Falando em novelas, não foi só essa tema, várias outras músicas de Rita foram temas das novelas do plim plim.
Anos 2000
No ano 2000 Rita lança 3001 seu 19º álbum de estúdio, um disco com uma pegada mais rockeira, destaques para a versão “Erva Venenosa”, “Pagu” e “O Amor em Pedaços.”
Um ano depois em 2001, Rita lança seu 20º álbum de estúdio Aqui, Ali, em Qualquer Lugar, uma releitura de clássicos dos Beatles em ritmo de bossa nova.
O 21º e penúltimo álbum de estúdio de Rita “Balacobaco”, é lançado em 2003, onde seu maior destaque é o single de sucesso “Amor e Sexo.”
Depois de 9 anos sem gravar um álbum inédito, Rita lança em 2012 seu 22º e último álbum de estúdio, Reza.
A faixa título desse álbum, suplantou no iTunes, os downloads de um certo single, de um certo cantor sertanejo, que era febre nessa época. Essa música foi mais uma a entrar pra trilha sonora das novelas do plim plim.
Aposentadoria e Morte
Já fora dos palcos, das turnês e discos, em 2016 Rita lança sua autobiografia, onde ela conta tudo sobre sua vida e carreira.
Em 2021 mesmo aposentada, Rita ainda lançou uma canção inédita em 9 anos, “Change”, e pra variar mais um single a entrar pra trilha sonora de uma novela do plim plim.
Nesse mesmo ano em maio, Rita descobriu em exames de rotina que tinha um tumor primário no pulmão esquerdo. Os médicos deram de 3 a 4 meses de vida para Rita.
Entretanto, em abril do ano passado após o tratamento, chegaram a indicar a ausência do tumor. Esse fato chegou a considerado um milagre pelos médicos.
No entanto em fevereiro agora de 2023 ela foi internada, lá ficando por um mês, seu marido Roberto de Carvalho pediu privacidade.
Desde então, Rita vinha sendo cuidada por 2 enfermeiras, sendo que tinha perdido a capacidade de andar. Na noite da segunda feira dia 08 de maio de 2023, Rita faleceu em casa aos 75 anos de idade, cercada pela família, ela deixou o marido e 3 filhos e 2 netos.
Dica do Blog
Tá precisando trocar de celular? Tá querendo trocar o seu velho aparelho 4G por um da nova tecnologia 5G?
Saiba que só Amazon tem os melhores celulares, as melhores marcas e os melhores preços do mercado.
Clique aqui ou no banner acima, e acesse direto a página de celulares da Amazon, onde você encontra aquele celular desejado com os melhores preços com descontos exclusivos pra você que é expectador aqui de nosso canal, e tudo dividido em 10 vezes sem juros acesse já.
O que achou desse post? Diz aí nos comentários, para ver esse artigo em vídeo, clique no player abaixo:
