
Num grupo de 10 pessoas, certamente 9 não sabem desse assunto Paisley Underground: Que subgênero do rock é esse? Confira nesse artigo!
Imagine uma rua de Los Angeles no começo dos anos 80. De um lado, o punk gritava sua pressa e sua revolta. Do outro, músicos olhavam para trás — para os Beatles, The Byrds, os timbres psicodélicos dos anos 60 — e pensavam: “e se juntássemos isso tudo?”
Nasceu aí, de forma orgânica e meio despretensiosa, o que a cena chamou de “Paisley Underground”. Um rótulo que fez sentido para quem queria repaginar melodias antigas com atitude nova.
O nosso “Estampado Subterrâneo”, literalmente falando, é o tema de nosso artigo de hoje. Paisley Underground: Que Subgênero é Esse e Porque Entrou no Esquecimento.
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Como Surgiu
O Paisley Underground nasceu em Los Angeles no início dos anos 80. Não foi fruto de um selo que resolveu criar um produto, nem um movimento à la “vamos dominar as paradas”.
Nasceu de encontros em bares, ensaios em garagens e trocas entre bandas que gostavam das mesmas coisas: guitarras que “jangueiam” (aquele som brilhante e cristalino), harmonias vocais bem trabalhadas e uma pitada de psicodelia.
Foi um tipo de revival — alguém chamou isso de “neo-psicodelia” —, mas com sabor próprio, misturando o pop dos anos 60 com a pressa do pós-punk.
O Som — Simples e Cativante
Se você escutar uma faixa típica do Paisley Underground, vai notar algumas coisas rápidas: guitarras limpas e entrelaçadas; melodias doces; camadas de vozes; às vezes um clima levemente etéreo. Por baixo, há energia; por cima, há delicadeza.
É música que pisa leve, mas não perde a firmeza. Pense numa viagem de carro em que o motorista tem uma coleção de vinis dos anos 60 — e acabou de descobrir sintetizadores (só que usa com moderação).
As Principais Bandas
Algumas bandas viraram nomes quase sinônimos do movimento. Entre elas:
- The Dream Syndicate — Cru e lírico, com um feeling de Velvet Underground.
- Rain Parade — Talvez a cara mais doce e psicodélica do grupo.
- The Bangles — Começaram na cena e depois ganharam o rádio, com hits que muitos lembram (sim, aquela música chiclete que pega mesmo).
- The Three O’Clock — Pop psicodélico com cara colorida.
- Green on Red e The Long Ryders — Bandas que exploraram toques mais roots e country em algumas faixas.

Essas bandas não só tocavam entre si; muitas se apoiavam, dividiam shows e criavam uma sensação de comunidade.
Vale ressaltar ainda, que mesmo não fazendo parte do gênero, outros 2 grandes nomes do rock foram influenciados por esse gênero. Trata-se de Prince o “pequeno grande guitarrista”, e os ingleses do Echo and the Bunnymen.
O Clima da Cena
A cena do Paisley Underground foi, ao mesmo tempo, intimista e cheia de idéias. Não houve um grande “momento oficial de lançamento” — foi mais um burburinho que virou rótulo.
Shows em clubes pequenos, zines, amigos trocando fitas: tudo isso ajudou. A estética também contou: roupas com toque retrô, um charme hippie repaginado, e um gosto por capas de vinil que pareciam encontradas num sótão. Era um ambiente onde a música valia mais que o marketing.
Por Que Entrou No Esquecimento?
Se você é fã e ficou triste agora, calma: “esquecimento” é forte demais. Mas é verdade que o Paisley Underground deixou de ocupar o centro das atenções. Por quê?
1. Eram muitos caminhos ao mesmo tempo. Enquanto algumas bandas queriam subir e atingir grandes públicos, outras preferiam manter a independência. Essa falta de consenso diluiu um pouco a “força de ataque” do movimento.
2. Mudanças do mercado musical. Nos anos 80 o cenário comercial estava dominado por sonoridades diferentes — do hair metal às produções pop altamente calcadas em sintetizadores. O som mais retrô e orgânico do Paisley não era a moda mais vendável naquele momento.
3. Divergência de trajetórias pessoais. Membros entraram em outros projetos, alguns tiveram sucesso maior (pense nas Bangles), outros só seguiram carreira de forma mais modesta. Isso dispersou o grupo.
4. Rótulos ajudam — e atrapalham. Chamá-los de “Paisley Underground” serviu para historiadores e fãs catalogarem o som. Mas também virou um carimbo que, para alguns, soou limitador. Isso pode fazer com que o público mais amplo os encaixasse rápido demais numa prateleira “retrô” e seguisse adiante.
O Que Ficou — E Por Que Ainda Importa
Mesmo sem dominar as rádios por décadas, o Paisley Underground deixou discos que envelhecem bem. Gravadoras independentes, reedições e a internet ajudaram: novos públicos redescobriram artistas, e alguns se reuniram para tocar novamente.
A influência está lá, em bandas que curtem guitarras claras e arranjos vocais bem costurados. Não é um estilo gigantesco, mas é uma fatia sincera da história do rock.
Para Quem Busca Ouvir Hoje
Se você quer começar, experimente abrir (nem precisa apostar tudo de primeira) um disco do “Rain Parade” ou do “The Dream Syndicate”. Vá com calma. Deixe que a sonoridade te envolva.
Pode ser que você ache o som nostálgico. Pode ser que ache fresco. E pode ser que, como eu, você faça uma lista de reprodução e descubra que aquelas guitarras “jangueantes” caiam bem em qualquer tarde de sol.
Conclusão
Se você estiver com pressa, não pule para o episódio “história do rock” e tente engolir tudo num dia só. Música tem tempo. Coloque uma faixa, feche os olhos e deixe a melodia trabalhar.
Se, no fim, não curtir, tudo bem — pelo menos você ganhou boas piadas sobre jaquetas floridas.
O Paisley Underground não foi o maior movimento do planeta. Mas foi honesto. Fez música que olhava para o passado sem virar apenas imitação. E, acima de tudo, mostrou como cenas locais, mesmo pequenas, podem deixar marcas duradouras e afetivas — cultuadas por quem as descobriu na época ou por quem as achou muito depois, navegando por playlists e reedições.
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