Soft Rock, O Filho Mais Calmo Do Rock N’ Roll!

Não tem nada a ver com aquela famosa bala redondinha com plástico transparente, veja nesse artigo, Soft rock, o filho mais calmo do Rock n’ Roll!

Ao contrário da rebeldia e som forte do hard rock, nos subgêneros do Rock n’ Roll, o Heavy Metal e o Punk Rock, o Soft Rock veio mais para acalmar os ânimos.

Ele não veio pra contrapor ou se rivalizar com os irmãos do rock pesado, mas sim complementá-los.  Afinal, qual rocker que nunca dançou uma música lenta nas festinhas das décadas de 70 e 80 de rosto colado?

Vai dizer que não?  E como era bom hein, chamar a menina mais bonita da festa ela aceitar, e você passar os melhores 4 minutos da vida, sentindo aquela vibe crescendo no seu corpo, se é que você me entende…

E não tem como negar o sucesso desse subgênero.  Tanto que inúmeras e incontáveis bandas se dedicaram a ele e fizeram muito sucesso.  Mesmo sendo olhado e observado meio torto pela turma da pesada, os punkeiros e metaleiros.

Então, esse é o nosso tema do artigo de hoje, Soft Rock, o filho mais calmo do Rock n’ roll!

O Que é o Soft Rock?

É tipo um subgênero do rock que veio lá da Califórnia nos anos 70, manja? As músicas são assim, de boas, tranquilas, com uma pegada bem melódica e uma produção, como diriam os mais bregas como “chique no úrtimo.”  E por falar em brega, muitos desse gênero, também eram e ainda são tachados dessa pecha.

Pensa só, naquela época, o soft rock tava nas rádios todo santo dia. Tinha gente que também chamava de light rock ou smooth rock, só pra dar aquele charme, acrescentando uma pitada de sofisticação, tá ligado?

O som desse estilo é daquele tipo de voz meio agudinha, e as letras falam muito de love e relacionamentos, nada de brigas ou xingamentos?  É tudo na vibe paz e amor, bem o inverso mesmo do hard rock.

Soft no Heavy?

E claro, não podia faltar o uso dos pianos e sintetizadores pra dar aquele toque especial. Esses instrumentos, que já se aventuravam, nessa mesma época, mesmo no heavy metal, como é o caso da banda Deep Purple, no soft rock então eles nadavam de braçadas.

Deep Purple, cuja história contamos aqui em nosso blog, tanto eles como em outra edição, a epopeia dos teclados no rock.  Vou deixar um link na descrição de ambos os vídeos pra você acompanhar.

Depois, lá pelos anos 80, o negócio evoluiu pra um esquema mais “adult contemporary”, um som mais pop direcionado pros marmanjos, com menos pegada do rock, mas ainda com aquele toque suave.

Esse termo que tem a abreviatura “AC”, é como se fosse o desligamento do soft rock de suas raízes roqueiras, tendo migrado para o que conhecemos hoje como Pop, mais precisamente falando.

Surgimento

Como falamos, o soft rock, deu as caras nos anos 70 pra dar aquela resposta ao heavy metal que tava dominando o rock na época. É como se fosse a reação pós-Segunda Guerra Mundial, tudo mudando, novos tempos.

Era tipo um irmão mais novo e mais careta, que seus irmãos o metal e o punk, pura caretice, pra quem é da vibe mais hard rock.

Olha só, o soft rock dos anos 70 era diferente do pop dos anos 60. O pop da década passada era mais pros caras que não curtiam rock, com vocalistas mais de boa, meio retrô, na vibe pré-rock. Já o soft rock era pra agradar quem já tinha ouvido o rock original, saca?

E daí, na metade dos anos 70, o soft rock virou a sensação do momento! Os Carpenters mandando muito bem nesse estilo e no Adult Contemporary, mandaram bem até o fim em 1983.

Rádios Ajudaram

E algumas rádios começaram a pirar nesse som, mudando o formato só pra tocar soft rock o dia todo.  Eram as power ballads ou o som “os mela-cuecas”, como eram chamados carinhosamente aqui no brasil.

Eram as famosas músicas lentas, que davam mais ênfase a voz melódica, guitarra e piano.  Deixando um pouco de lado, com uma participação mais coadjuvante, da chamada cozinha das bandas, o baixo e a batera.

Lembro-me que na década de 80, as músicas lentas dominavam em cerca de 80 a 90% das playlists das festinhas na época.  Época essa que na minha região tinha o nome de “brincadeiras”.

Até uns caras que antes eram de jazz-rock, tipo o grupo Chicago, resolveram entrar na onda do soft rock e fizeram um sucesso danado.

E olha só, até a banda Led Zeppelin, que tinha fama de hard rock, sendo uma das pioneiras do heavy metal, resolveu dar uma mudada pro lado suave com “All My Love” em 1979. Veja esse hit no player abaixo:

Aí, chega os anos 80 como já falamos, e a galera tava numa vibe diferente, né? Os gostos mudaram, as rádios também e o estilo evoluiu pro tal do Adult Contemporary, que é tipo um pop menos rock and roll, mas ainda muito bom de ouvir.

Ao Longo dos Anos

É isso aí! mergulhando mais fundo na história do Soft Rock e ver como essa parada evoluiu ao longo dos anos.

Dos anos 80 pra cá, o soft rock continuou marcando presença na cena musical, mano. O estilo encontrou seu espaço nas rádios e nos corações de muita gente, e não podia ser diferente, né? Afinal, quem não gosta de uma música suave e com aquela pegada melódica relaxante?

Uma das grandes bandas que manteve a chama do soft rock acesa na década de 80 foi o Toto. Eles lançaram várias músicas nesse estilo, como “Africa” e “Rosanna”, que até hoje são consideradas clássicos desse gênero.

Outra banda que mandou muito bem foi o Air Supply, com suas baladas românticas e envolventes.

Já nos anos 90, o soft rock não perdeu a força e continuou embalando os corações apaixonados. Nessa época, grupos como o Mr. Big com sua canção “To Be with You” e o Extreme com o hit “More Than Words” se destacaram, trazendo aquela mistura de rock suave com arranjos bem trabalhados. Veja esse hit do Extreme no player abaixo:

Novo Milênio

E olha só, na virada do milênio, o estilo ainda tinha muitos adeptos. Bandas como Lifehouse, Matchbox Twenty e Train mantiveram o soft rock vivo com suas músicas cativantes e cheias de emoção.

Já nos anos 2000 e além, o soft rock continuou se reinventando e ganhando novas nuances. Artistas como John Mayer, Jason Mraz e Maroon 5 trouxeram uma abordagem mais contemporânea ao gênero, incorporando elementos do pop e do rock alternativo em suas canções suaves e envolventes.

Ah, e não podemos esquecer da lenda do soft rock, o mestre Phil Collins, que deixou sua marca inconfundível nesse estilo com músicas como “Against All Odds” e “In the Air Tonight”.

O líder e frontman do Genesis fez tanto sucesso em sua carreira solo, e muitas vezes paralela com o da banda, que vendeu tantos discos, quanto sua banda de rock progressivo.  Foram mais de 100 milhões de discos vendidos em toda a carreira.

Outras Lendas

Além do icônico Phil Collins, dos Carpenters, Air Supply, Toto, Mr. Big, Extreme e Chicago que já falmos, o mundo do soft rock está repleto de lendas que marcaram a história da música com suas vozes suaves e melodias envolventes. Vamos conhecer mais algumas dessas feras:

Elton John

Ah, o lendário Elton John, que anunciou sua aposentadoria dos palcos na semana passada, é uma verdadeira referência do soft rock.

Suas músicas, como “Your Song”, “Candle in the Wind” e “Can You Feel the Love Tonight”, Skyline Pigeon e Goodbye Yellow Brickroad, conquistaram milhões de fãs ao redor do mundo com suas letras emotivas e arranjos inesquecíveis.

Billy Joel

Outro gigante do soft rock, Billy Joel encantou o público com suas composições incríveis. Canções como “Piano Man”, “Just the Way You Are” e “Uptown Girl” são verdadeiros clássicos do gênero.

Lionel Richie

Com uma voz suave e cativante, Lionel Richie é uma lenda do soft rock e do R&B. Músicas como “Hello”, “Endless Love” e “All Night Long” marcaram época e são lembradas até hoje. 

Sem contar ainda os sucessos que ele teve como frontman dos Commodores, banda que atuou até o ano de 1983, quando saiu para sua promissora carreira solo. Veja o hit Endless Love em uma nova roupagem. que conta com a participação da lindíssima Shania Twain no player abaixo:

James Taylor

Conhecido por suas canções introspectivas e emotivas, James Taylor é um ícone do soft rock. “Fire and Rain”, “You’ve Got a Friend”, “Carolina in My Mind” e Handy Man, são apenas algumas das músicas que o consagraram nesse estilo.

Christopher Cross

Com uma voz suave e serena, Christopher Cross conquistou o mundo com a música “Sailing”, que se tornou um dos maiores sucessos do soft rock nos anos 80.

The Eagles

Essa lendária banda também tem uma forte presença no mundo do soft rock. Com músicas como “Hotel California”, “Take It Easy” e “Desperado”, eles conquistaram uma legião de fãs ao redor do mundo.

Essas são apenas algumas das lendas que tornaram o soft rock um gênero tão amado e influente na história da música. Cada um desses artistas trouxe sua própria magia e sensibilidade para suas canções, e seu legado continua emocionando gerações.

Então, é isso aí, o soft rock seguiu firme e forte ao longo dos anos, conquistando fãs e emocionando muita gente com suas melodias suaves e letras cheias de sentimento. É ouvir e viajar nas ondas sonoras, meu parceiro!

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