As Revistas De Rock Mais Famosas Do Brasil
Quais são as revistas de rock mais famosas do Brasil?
Em uma época em que as TVs Preto e Branco dominavam o cotidiano dos lares em todo o Brasil. As Revistas de Rock ou de músicas, muitas vezes era o primeiro contato visual em cores do fã com sua banda favorita.
Uma época de nostalgia, para quem viveu, marcávamos até o dia da semana quando a revista chegava nas bancas.
Elas já foram as vedetes ou as atrações principais das bancas de revista, as revistas impressas sobre música, sobre Rock no Brasil.
Com o avanço da internet e da tecnologia, hoje já não existem mais no meio impresso. No entanto já foram a coqueluche da música em décadas passadas.
Hoje viraram artigos de colecionadores, e os sebos que dispõe dessas revistas para vender, cobram um preço não lá muito pequeno por essas raridades.
Nessa matéria vamos falar sobre as 5 revistas de Rock Mais Famosas do Brasil, em uma época que a internet estava longe de existir.
Vamos falar sobre essas revistas na ordem cronológica, da mais antiga para as mais recentes.
Revista Rock Espetacular
A primeira revista brasileira de rock e de música foi a Rock Espetacular, que teve sua primeira edição publicada em dezembro de 1976.
A ideia da revista nunca foi ter uma periodicidade mensal, como as demais dessa lista. A princípio seriam só 3 edições de Dezembro de 76 a Fevereiro de 77.
Essas 3 edições contavam com Os Beatles, Rolling Stones e Elton John nas capas respectivamente.
No entanto, o sucesso foi tanto, que foram lançadas outras edições esporádicas até 1980.
Revista Somtrês
A revista Somtrês, publicada pela editora três, teve 121 edições mensais de janeiro de 1979 a janeiro de 1989.
Essa revista além de informações de músicas e Rock é óbvio, trazia informações sobre equipamentos de áudio.
A linha editorial da revista, era baseada inicialmente, nessa área de equipamentos de áudio.
Ao passar do tempo, passou a explorar mais a área musical e sobre instrumentos musicais.
Compact Disc
O CD Compact Disc, sucessor do LP (disco de vinil hoje) foi criado em 1980. No entanto, só foi chegar ao mercado fonográfico nacional em 1987. Uma época em que o disco de vinil imperava no mundo da música.
Contudo o CD só foi se popularizar aqui no Brasil, na década seguinte a de 90.
Como já falei, a Somtrês trazia informações, além do mundo musical, também sobre equipamento de áudios.
Os equipamentos de som nessa época eram muito caros. Isso deve-se ao fato, a falta de equipamentos importados, baixa renda da população e a alta carga de impostos, que impera até os dias atuais, infelizmente.
Por serem caros, poucos tinham renda para aquisição deles. Para a maioria da população, era simplesmente um sonho de consumo.
Analistas
Uma seção da revista de grande sucesso, era a análise musical dos álbuns de rock recém-lançados. Onde os comentaristas da revista, deixavam sua opinião sobre as músicas lançadas.
O Editor chefe dessa revista era ninguém mais ninguém menos que o ex Global Maurício Kubrusly.
Uma outra pessoa famosa, que era correspondente da revista na Europa, era o então futuro baixista e vocalista do RPM Paulo Ricardo.
Assim como suas matérias no Fantástico, Kubrusly dirigia a revista com extrema competência.
A Somtrês não foi a pioneira e nem a última a ser lançada, no entanto deixou saudades aos seus leitores.
Revista Roll
Seguindo a ordem cronológica das revistas de rock mais famosas do Brasil, aparece a revista Roll.
A Roll foi criada no Rio de Janeiro em 1983. Tendo ficado 6 anos no ar só falando de Rock até 89.
A qualidade gráfica da Roll no início não eram lá essas coisas. Também havia muitos erros de português nos textos dos artigos da revista.
No entanto, era uma revista feita na garra e explorava não só o eixo Rio São Paulo, como Brasília com o surgimento da Legião Urbana e Capital Inicial.
Sorte
O início da Roll foi marcado basicamente com o início do Rock Brazuca, mas também abria espaço para o Rock Internacional e fazia ora ou outra, matérias com o The Police, AC/DC, The Clash por exemplo.
Ela foi a única revista que falava só de Rock, a cobrir o Rock In Rio I em 1985.
A Roll entrevistou todos os artistas que tiveram presentes na primeira edição do festival. E também teve acesso aos bastidores.
Da mesma forma que a galera de 1990 agradece a MTV, por ter um canal que só falava de música na época. A galera de 1980 agradece a Roll por ser exclusivamente Rock da época.
Nostalgia
Para você que não viveu essa época, não imagina como era a busca por notícias e imagens de nossas bandas favoritas. Tínhamos que esperar as edições mensais dessa revista.
Não era igual hoje, que por causa da internet, você tem todo o conteúdo e informações que desejar na palma da sua mão.
Revista Bizz
A Revista Bizz, foi a grande revista brasileira sobre música e consequentemente sobre Rock do País.
Ela foi a que ficou mais tempo, sendo publicada mensalmente. Foram 19 anos na ativa.
Sua primeira edição é de agosto de 1985. Já sua última foi em julho de 2007. Sendo que ela teve sua publicação interrompida entre os anos de 2001 a 2004.
O Rock nacional bombava, a maioria das grandes bandas da esfera tupiniquim explodiam em Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio.
Grupo Abril
A revista que fazia parte do Grupo Abril de revistas, surgiu em 85 baseada em pesquisas realizadas, junto ao público do Rock In Rio daquele mesmo ano.
A linha editorial da revista, abrangia além da música, cinema, vídeo, moda e tecnologia. Sua tiragem inicial girava em torno de 100 mil exemplares.
O Grupo abril entrou com força na área musical. Já se consolidando no mercado com a Bizz, cria uma editora só para esse fim a Editora Azul.
Editora Azul
Com essa segmentação, lança os especiais, Top Hits (depois Letras Traduzidas) e Ídolos do Rock.
Em 87 já sob o nome de Editora Azul, é lançada a revista Set focada em cinema, deixando a Bizz para tratar única e exclusivamente de música.
Nessa época, música era sinônimo de Rock o maior gênero musical da época aqui no Brasil.
Sim já fomos os mais populares em nosso país. O Rock dominou o Brasil até meados da década de 90.
O Gênero da viola foi dominar o cenário nacional, a partir da metade da década de 90 em diante.
Concorrência Fora
No final da década de 80, A Bizz vê suas principais concorrentes, Roll e Somtrês, fecharem suas portas.
Concorrer com uma editora do porte do grupo Abril, não era nada fácil na época.
Ainda nessa época no final de 89, A Bizz ganha novo projeto gráfico e uma logo nova.
O Cenário musical passa por uma mudança em 1990, das grandes Bandas de Rock, somente os Paralamas, Legião e Titãs não enfrentam queda nas vendas.
Showbizz
Em 1995 devido ao sucesso do Canal MTV Brasil, a revista Bizz Muda o nome e passa a se chamar Showbizz.
Com um formato maior e dando maior ênfase as fotos do que ao texto. Também com uma linguagem mais juvenil, e ensaios sensuais mais bem aceitos pelo mercado.
A revista volta a atingir a tiragem de 100 mil exemplares.
Já no ano seguinte, a Editora Abril absorve a Editora Azul, e os mesmos recém-criados ensaios sensuais são finalizados.
A revista também abandona a linguagem mais juvenil, buscando um público de maior abrangência e foca em jornalismo de maior qualidade.
Bizz Novamente
No ano 2000 a Editora Abril faz uma parceria com a Editora Símbolo e abandona o nome Showbizz, voltando a usar o velho nome Bizz.
Em julho de 2001 é desfeito o contrato entre abril e Símbolo e a publicação mensal da Revista Bizz é interrompida.
Apenas edições especiais são lançadas desde então, até que em Setembro de 2005, a ala jovem da Editora Abril (que respondia pelas revistas Capricho e Superinteressante), ressuscita as edições mensais da Revista.
Me Engana que Eu Gosto
Uma curiosidade sobre esse retorno da Bizz mensal. Para a alta cúpula da editora, foi passado a ideia de continuação dos especiais só que mensal.
No entanto, a ala jovem da Editora (Ricardo Alexandre e Adriano Silva), aproveitaram-se da situação para lançar o projeto original da Bizz, com entrevistas, notícias e muita resenha.
Ao tomar conhecimento disso, a alta cúpula cortou os investimentos para a divulgação. Como consequência disso, foram as baixas vendas da revista.
Com a chegada da concorrente Rolling Stone em 2006. Em julho de 2007 a editora resolve encerrar de vez as publicações mensais da revista.
De lá para cá, a Editora Abril mantém o Projeto da Revista Bizz em atividade. Entretanto só para edições de especiais esporádicas.
Revista Rolling Stone
A revista Rolling Stone Brasil, teve sua primeira edição em 20 de outubro de 2006 publicada pela editora Spring.
Ela era, uma das várias edições internacionais da Rolling Stone Americana.
Em 1972, ela chegou a ter algumas edições publicadas de forma independente, porém não licenciada pela matriz gringa.
Suas publicações eram mensais e teve sua última edição publicada em setembro de 2018.
Foram 144 edições falando sobre o rock e música em geral, seguindo a linha de atuação da matriz Americana.
Rolling Stone Americana
Já a Matriz gringa, existe desde 1967 e sua versão impressa, circula até hoje lá no Tio Sam.
Com uma tiragem mensal de 1.400.000, ela aborda temas não só da música, como de política e cultura popular.
Sair na capa dessa revista americana, era o desejo de praticamente todos os artistas não só do Rock, mas de todos os gêneros musicais.
Esse desejo virou uma obsessão pela Banda de Soft Rock Americana o Dr. Hook, a tal ponto de gravarem uma música, Cover of the Rolling Stone (Capa da Rolling Stone). Veja o vídeo da música no player abaixo:
Feito isso, conseguiram o objetivo final, que era estrelar na capa na década de 70 da revista.
A Rolling Stone tem esse nome não em função da Banda Rolling Stones, que já existia na época. Mas sim por influência da música Rolling Stone de Muddy Waters cantor de blues. Acompanhe o vídeo desse single no player abaixo:
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