Desde ofensas verbais, disputas judiciais, separações e até as vias de fato com direito a assassinato de fato. A história do bom e velho rock n’ roll está cheia de tretas e desentendimentos.
Os choques de personalidades entre os integrantes de uma banda, vão se acumulando até chegarem a níveis insuportáveis onde as rupturas são iminentes.
E por essa razão compomos o roteiro desse artigo com As 7 Maiores Tretas da História do Rock and roll.
Dio x Ozzy
A primeira treta dessa lista das 7 maiores tretas da história do rock and roll, não chegou a ser uma treta com letras garrafais, mas ela existiu.
Ronnie James Dio assumiu o posto de vocalista do Black Sabbath, quando Ozzy foi expulso da banda em 1979. Conforme contamos em nosso Canal no Youtube sobre o Pai do Metal, Mr. Ozzy Osbourne, clique no player abaixo pra você acompanhar.
Dio não lidava bem com o fato de ser obrigado a cantar as músicas de Ozzy, como Iron Man ou Paranoid nos shows do Sabbath, sem contar com as plaquinhas nos shows Cadê o Ozzy?
Os dois não chegaram a trocar farpas e ofensas quando se encontravam publicamente. Contudo Dio revela uma entrevista em 2002, uma certa mágoa de Ozzy, que certa vez chegou teria chamado o guitarrista do Black Tony Iommi de Homossexual.
Ele se doeu pelo companheiro de abandona a banda ao saber que eles iriam abrir 2 shows pra Ozzy em 1993. Dio tinha retornado a banda um ano antes em 1992 e disse na ocasião:
“Como você pode tocar pra uma cara que chamou seu guitarrista de viado, mesmo sabendo que ele não é? Não me interessa a opção sexual de cada um, mas Tony não é gay. Isso deveria tê-lo chateado, mas talvez o dinheiro fosse mais importante para Tony naquele momento.”
Ronnie James Dio
Slash x Axl Rose
Hoje tá tudo numa boa com o Guns, desde 2016 Slash e Axl Rose botaram um ponto final nas brigas e selaram o retorno a banda do cabeludo da cartola e também do baixista Duff McKagan.
Slash e McKagan deixaram a banda em outubro de 1996 conforme contamos aqui no artigo que contou a História do Guns ao longo dos anos.
Axl Rose teria se irritado com a participação de Slash no single Black or White de Michael Jackson. Jackson era acusado de pedofilia na época. É de conhecimento público e Axl não esconde, que foi abusado sexualmente quando garoto.
Treta armada, Axl retirou as guitarras de Slash da versão de Sympathy for the Devil, sucesso dos Rolling Stones regravado no final de 1994;
Slash se reúne com Axl pra mostrar gravações de demos com riffs de guitarra inéditos semelhantes ao álbum inaugural da banda Appetite For Destruction, Rose recusou o projeto.
Pouco tempo depois Axl procura Slash, querendo reativar esse projeto. Só que aí foi a vez de Slash dizer não a Axl. Ele já havia lançado as músicas em seu projeto novo chamado Slash’s Snakepit, e sua saída foi consumada em 1996, ficando 20 anos longe da banda.
Paula Toller x Leoni
O rock tupiniquim não podia ficar fora dessa lista das 7 maiores tretas da história do Rock and roll. E os representantes brazucas antes de se tretear, se amavam.
Conforme já contamos aqui no artigo conta a História do Kid Abelha, a vocalista Paula Toller e o baixista Leoni, fundadores da banda, eram namorados antes de formar a banda em 1981. Vou deixar um link na descrição pra você acompanhar o vídeo.
No entanto, o namoro dos 2 não durou muito, acabou um ano depois em 1982. Mesmo assim os dois continuaram como integrantes da mesma banda até 1986 quando o baixista saiu por desavenças com o restante da banda.
As rusgas entre os dois não pararam com o passar dos anos, a ponto até de brigarem judicialmente.
Em 2019, a primeira vara empresarial do Rio de Janeiro, condenou Leoni a indenizar Paula em 50 mil reais por danos morais. Ele cantou o hit Pintura Íntima de autoria de Paula em um vídeo, onde aparece com o filho, sendo que no refrão ele troca “Fazer amor de madrugada” Por “Manu e Haddad de mãos dadas, chegou a hora da virada.”
O que fez Leoni então, contra-atacou Paula, pedindo indenização pela loira usar a canção “Como eu Quero” em seus shows em 2017. Entretanto, a segunda vara empresarial do Rio negou o pedido de Leoni. A loira argumentou que é coautora da música e portanto tem o direito de usá-la em seus shows.
Sambora x Bon Jovi
A treta entre o guitarrista Richie Sambora e o vocalista e Jon Bon Jovi começou durante a turnê de lançamento do 12º álbum de estúdio da banda What About Now em 2013.
Dois meses depois do início dessa turnê, Richie alegando problemas pessoais, abandona a Banda. Jon alegaria nessa época, que Richie estava passando por problemas que ele (Jon) já teria passado em 2011, deixando implícito uma relação com drogas e álcool.
Jon falou na ocasião:
“A vida continua, então, se alguém decide não estar aqui paciência. Ao contrário, se fosse o The Edge que por alguma razão não pudesse fazer um show do U2, seria muito difícil simplesmente prosseguir”.
Jon Bon Jovi
Após essa ironia por parte de Jon, Richie respondeu via email na época com as palavras “Contrate o Edge.”
Reconciliação
Essa treta já dura 10 anos, no entanto aparenta estar próxima do fim. Em entrevista ao Daily Mail em 2020, Sambora já levantou a hipótese de retorno a banda.
Conforme contamos aqui no artigo sobre a História do Bon Jovi.
Recentemente, em outra entrevista, dessa vez pela Absolute Radio de Londres ele afirmou:
“Estamos falando sobre isso. E eu não acho que haja qualquer razão para não [nos reunirmos] neste momento. Temos que realmente fazer isso para os fãs. Nós fizemos muitas coisas… não há muitas bandas que fizeram o que fizemos.”
Hodgson x Davies
Uma das tretas mais longevas da história do Rock é a dos fundadores do Supertramp Roger Hodgson e Rick Davies. Conforme contamos aqui no artigo, que fala dessa treta e da História do Supertramp.
Durante a gravação do 7º álbum de estúdio da banda Famous Last Words, as desavenças e diferenças musicais entre Hodgson e Davies ficaram evidentes.
Estava claro pra todo mundo que Roger queria sair da banda. O que acabou acontecendo durante a turnê desse álbum.
Os dois eram os letristas e compositores da banda, cada um cantava as músicas que compunham desde sua fundação.
Acordo
Em entrevista ao site Undercover em 2010 Roger disse que ficou acordado entre ele e Davies, que Rick continuaria a usar o nome Supertramp, contudo não poderia tocar as músicas compostas por Roger.
Entretanto o Supertramp continuou a tocar as músicas compostas por Roger e Rick jamais se pronunciou a respeito.
Hodgson disse que confiou em Rick, já que foram colegas de banda por 14 anos, mas se sentiu imensamente traído ao perceber que suas músicas estavam sendo tocadas nos shows.
Em respeito aos fãs, Roger ainda levantou a hipótese nessa entrevista, de retorno a banda. Contudo Davies recusou e mais tarde se pronunciou:
“Eu sei que existem alguns fãs por aí que gostariam que isso acontecesse. Houve um tempo em que eu esperava por isso também. Mas o passado recente faz com que isso seja impossível. Para tocar um grande show para nossos fãs, é preciso harmonia, tanto musicalmente quanto pessoalmente. Infelizmente isso não existe mais entre nós e prefiro não destruir as memórias de tempos mais harmoniosas entre todos nós”.
Rick Davies
Gilmour x Waters
Outra treta que é tão longeva quanto a anterior, é a entre Gilmour x Waters do Pink Floyd. Tanto é que fizemos até um vídeo sobre essa treta homérica e a história da banda, na edição número 9 em nosso Canal no Youtube, clique no player abaixo e confira.
Waters não esperou as músicas de Gilmour ficarem prontas e lançou em 1983, o décimo segundo álbum de estúdio da banda The Final Cut, somente com músicas compostas por ele.
Começava ali a treta dos dois, que já dura 40 anos. Waters sai da banda, e monta uma artimanha com seus advogados para tentar ficar com os direitos de uso do nome da banda.
Ele pede para O’Rourke, uma espécie de Coach ou Gestor da banda, que quer pagar os royalties para ficar de posse do nome da banda. O’Rourke por sua vez, se sente na obrigação de informar isso a Gilmour e Mason.
Saída de Waters
Gilmour soltou um comunicado a imprensa, dizendo que a banda continuaria na ativa, mesmo sem a presença de Waters, que a partir daí seguiu em carreira solo.
Mais tarde, Gilmours falou ao Sunday Times:
“Roger é um cachorro na manjedoura e eu vou lutar com ele”.
David Gilmour
Roger tentou ainda impedir judicialmente, que Gilmour e Mason utilizassem o nome da banda, contudo sem sucesso.
Ele achava que a banda sucumbiria sem ele. Entretanto, o que se viu com os álbuns seguintes A Momentary Lapse of Reason de 1987 e Division Bell de 1994, foi justamente o inverso, os álbuns foram sucesso de crítica e vendas chegando a platinas quadrúpla e tripla, respectivamente.
A treta entre os dois, perdura até os dias atuais, com eles sempre trocando farpas pelas redes sociais.
Varg Vikernes x Euronymous
A treta entre o baixista Varg Vikernes e o guitarrista Euronymous da banda norueguesa de Black Metal, o Mayhem, pode não ser a mais longeva e tão famosa como a dos caras do Floyd, mas com certeza é a mais violenta.
O Black Metal é caracterizado, como o único subgênero do Heavy Metal que faz apologia ao satanismo, e de uma maneira bem clara.
Os noruegueses do Mayhem, estão para o Black Metal, assim como o Metallica está para o Trash Metal. Eles são a banda precursora desse subgênero, que basicamente é formado por bandas da Escandinávia.
Uma característica da banda, é que eles usam uma pintura nos rostos chamada corpse paint, pouco semelhante as pinturas do Kiss e Alice Cooper, só que com aspecto mais sombrio, como se fosse de um cadáver.
Desde o princípio, a banda teve várias formações, e foi com a chegada do 3º vocalista da banda “Dead” em 1988 que as tretas com o guitarrista Euronymous começaram.
Suicídio
No ano de 1990 a banda se muda para uma casa na floresta, com o objetivo de compor seu primeiro álbum de estúdio. As discussões e briga entre os dois só aumentaram, mas ainda se tolerando.
No dia 8 de abril de 1991, Dead cometeu suicídio, ele foi encontrado morto na casa da banda com a garganta e pulsos cortados, e também com um tiro de espingarda na cabeça.
Após isso, o baixista Necrobutcher deixa a banda, Euronymous recruta então Occultus que ocupou a função de vocalista e baixista por um tempo.
Varg Vikernes é recrutado para o baixo em 1993. Euronymous estava assinando ali, seu atestado de óbito.
Assassinato na Banda
Por questões contratuais, os desentendimentos entre Vikernes e Euronymous só aumentavam. Tanto que no dia 10 de agosto de 1993, Vikernes viajou 518 km, da cidade de Bergen, até o apartamento de Euronymous em Oslo.
Os dois chegaram as vias de fato e entraram em luta corporal, Varg esfaqueou Euronymous o mantado. Ele alegou que Euronymous o atacou primeiro, dizendo que iria tortura-lo até a morte.
O guitarrista teve 23 perfurações de faca no corpo. Vikernes foi preso e sentenciado a 21 anos de prisão. Contudo saiu em 2009 da cadeia.
Apesar desse assassinato, a banda retomou suas atividades com um de seus fundadores o baixista Necrobutcher no ano de 1995.
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O que achou desse post? Diz aí nos comentários, se já tinha conhecimento dessa treta no Mayhem que envolveu até asssassinato, diz aí. Para ver esse artigo em vídeo clique no player abaixo:
Fontes : Google, Wikipedia, Gaveta de Bagunças, O Globo, Uol e Wiplash.